Uma das questões mais discutidas na humanidade é a questão de Deus. Indagações a respeito do que Ele é e sobre Sua existência, surgem a todo momento.
No olhar religioso nós depositamos fé, oramos e acreditamos em Sua existência, sendo assim, religiosos. Ainda há aqueles que crêem, erroneamente, que a ciência é contrária a existência de Deus. A ciência não nega nem afirma a existência de Deus, pois, não o tem como objeto de pesquisa científica. Hoje iremos nos deter a uma abordagem filosófica relacionada à afirmação da existência do Criador.
É importante pensar em Deus porque a afirmação ou negação de Sua existência afetará diretamente a maneira como agimos, ao significado e ao sentido que damos à vida. Aqueles que aceitam Deus acreditam que Ele seja o único sentido da vida. Se Deus existe, há algo além deste mundo, a morte não pode ser o fim de tudo.
Muitos filósofos tentaram entender a divindade de forma racional, argumentativa. Daremos continuidade expondo algumas das respostas que surgiram na filosofia.
Tudo o que existe está ordenado minimamente de uma forma bela e inteligente, isso só pode ser explicado considerando que há uma inteligência criadora ou ao menos organizadora.
Deus nos propõe a ideia de sentido. Se tudo fosse resultado do acaso não haveria nenhuma propósito. O sentido só passa a existir se tivermos em mente vida eterna. Deus está ligado à imortalidade da alma.
O ser humano está sempre insatisfeito, buscando a felicidade, a sensação de plenitude. O filósofo Tomás de Aquino afirma que a solução para esta busca é Deus, só Nele encontraríamos a verdade total e a felicidade absoluta.
Para Platão, sem Deus não haveria conceitos de moralidade. O filósofo afirma que a “fuga do mundo” consiste em tornar-se “semelhante a Deus”, desta forma ficaríamos mais próximos dele.
Afirmar ou negar Deus requer cuidadoso estudo e reflexão, levando em conta como nossa linha de raciocínio irá interferir em nossas vidas. Para finalizar o post vamos expor a ideia de Albert Einstein acerca de Deus:
“Não sou ateu, e não creio que possa me chamar panteísta. Estamos na situação de uma criancinha que entra numa imensa biblioteca, repleta de livros em muitas línguas. A criança sabe que alguém deve ter escrito aqueles livros, mas não sabe como. Não compreende as línguas em que foram escritas. Tem uma pálida suspeita de que a disposição dos livros obedece a uma ordem misteriosa, mas não sabe qual ela é. Essa, ao que me parece, é a atitude até mesmo mais inteligente dos seres humanos diante de Deus. Vemos o universo, maravilhosamente disposto obedecendo a certas leis, mas temos uma pálida compreensão delas. Nossa mente limitada capta a força misteriosa que move as constelações.”
EINSTEIN apud JAMMER, Max. Einstein e Religião. Rio de Janeiro: Contraponto, 2000. P. 39-40.